quarta-feira, março 28, 2007

A arte do equilibrismo (ou treinamento prático pro Cirque Du Solei)



Andar de salto alto em chão de paralelepípedo não é pra qualquer um. Dia desses, Ruby e eu andávamos pelas ruas de uma cidadezinha do interior de São Paulo se equilibrando em nossos saltões féchon, e resolvemos escrever sobre o assunto:

1- Mantenha o equilíbrio. Isso quer dizer que você não deve, NUNCA, em hipótese alguma, se atirar nessa empreitada em avançado grau etílico (combinado, Ruby???)

2- Mantenha a pose. Isso ajuda a manter o equilíbrio. Principalmente quando ele resolve te abandonar.

3- Lembre-se sempre: do chão não passa.

4- Ande como uma gazela, pense na Gisele Bundchen desfilando e arrase. Nunca, jamais, em hipótese alguma, entorte ou envergue as pernas pra caminhar. E se não sabe andar no salto, fiota, faça o curso de etiqueta da Cristine Yufon. Se não sabe quem é ela, o Google te esclarecerá.

domingo, março 25, 2007

Porque eu adoro ele....

Clara Ruby diz: aliás, a gente podia fazer um amigo secreto de 2, hein?
Clara Ruby diz: eu tiro vc, vc me tira e a gente não corre o risco de ganhar presente ruim.
SILAS diz: hahahahahahahahahahahahahaha
Clara Ruby diz: hummm... isso vai pro blog.
SILAS diz:
boa

Huahuahauhauh! E assim começou meu primeiro domingo sem a Ruby. Ainda bem que o Silas existe. Te amo, fiotinho!

sexta-feira, março 23, 2007

Só volte quando o rock'n roll mandar

Esse é um post de despedida. Resolvi escrever aqui pra que a Ruby pudesse ler e mostrar pra quem ela quisesse. Afinal, esse ainda é nosso blog meio secreto.
E vc vai precisar de 20 ou 10 pulmões pro que vai rolar. Quando você olhar pra frente, vai ver que é tudo novo, ou quase. E apesar de tudo, você não vai estar sozinha.
Ruby, obrigada por aparecer na minha vida quando eu achava que não iria mais conseguir seguir adiante. Obrigada por me entender e me apoiar naquele momento (apesar de ainda não ter superado direito, mas a gente sabe que essas coisas nunca passam).
Espero, um dia, poder te dar a mesma notícia daquele junho de 2003, mas ao contrário. Que seja um sim, e que seja pra sempre, porque essas coisas são pra sempre mesmo.
Já estou aqui, triste por imaginar que aquela despedida no centrinho tenha sido mesmo a nossa última aqui em SP. Sim, eu sei que a gente vai se encontrar de novo, que nada na vida é definitivo, que as distâncias são mais curtas do que a gente pensa.
Quem sabe na minha visita à casa da banheira roxa, eu já esteja com uma barriga imensa? Ou com uma tattoo nova? Ou ainda, quem sabe vc receba o meu convite de casamento antes da minha visita?
Foram tardes maravilhosas, regadas a limonada árabe, fofoquinhas e espiadas de canto de olho do "Denis querido". Houveram ligações na madrugada, telefonemas esquisitos às seis da manhã, pequenas comemorações de pequenas alegrias e conquistas.
Viu sentir saudade, mas estarei aqui, torcendo por você. As always.

Te amo muito, amiga.

Pra ver se cola

Assumi minha paixão antiga pelos Los Hermanos. Agora passo o dia escutando tudo o que eles gravaram de bom e de ruim. Demos, trechos de coisas bizarras, ensaios, recitações e projetos paralelos. Quase uma groupie.

http://www.goear.com/listen.php?v=f54b714


Tô apaixonada pelas letras e músicas dos caras. Dizem tudo. Falar mais o quê?
Escuta ae.

quarta-feira, março 21, 2007

a mudança

Mudanças são engraçadas, são complicadas e são excitantes pra caralho também.
Tudo o que a gente tem pra pensar sobre a casa, opções pra escolher, que cor vamos pintar nossa sala? coloco aquele quadro, troco os espelhos de luz?
É brincar de casinha de novo, fazer o que se quer e o que a grana curta permite.

Lembro daquela música da Legião, 'temos que consertar o despertador e separar todas as ferramentas, porque a mudança grande chegou com o fogão e a geladeira e a televisão, não precisamos dormir no chão, até que é bom, pois a cama chegou na terça, e na quinta chegou o som'...

No meu caso, não estou mudando por amor como a música. Ou por outro ponto de vista, estou sim.
Por amor a mim. Amor aos meus princípios, as minhas vontades, aos meus sonhos e desejos, amor ao que eu acho que será melhor pra mim e pra pequena guria de quase quatro anos.
Ela também está empolgada, pergunta todos os dias, mas tem suas dúvidas de criança pequena, de como será a escola, se o moço da perua vai saber quem é a mãe dela, se ela vai poder ver os avós sempre etc.

Minha despedida foi linda, os amigos mais queridos, as demonstrações de carinho e força deles e os meus milagres de lágrimas derramadas por estar me separando daquelas pessoas.
Aí eu me sinto uma besta por causa do clichê de passar um filminho na cabeça. Mas é inevitável, passa mesmo. Afinal, tenho toda uma história em 25 anos de São Paulo Capitar... Nascer na Paulista, Infância na Vila Hamburguesa, adolescência na Lapa, as bagunças, as experiências, as dúvidas, boteco de faculdade, cemitério da Consolação, Praça Roosevelt, Rua Augusta, tanta coisa... tanta.
E junto com isso, todas as pessoas que fizeram parte de tudo e vão fazer sempre.
Doeu bastante aquele dia, porque era um encontro de despedida.
Mas eu sei que a gente vai estar junto, que existe internet, skype, telefone, ônibus e feriados.

E que chega uma hora que a gente tem que mudar tudo mesmo, eu acho, sempre achei, o velho espírito andarilho e solto que gosta de ir atrás do que acredita, do que se é.
No fim das contas, tô feliz com essa mudança toda, há tempos eu vinha tentando quebrar o círculo vicioso do comodismo, da estagnação.
Agora eu consegui. Não vai ser fácil, claro que não, tem muito trabalho e ralação pela frente, mas é assim que a gente cresce, né?
Já demorei muito tempo dentro do casulo, até sentir segurança nas asas. E agora, vamo que vamo, voando meio capenga, até aprender direitinho como se faz.

Brigada, gente, obrigada por me apoiarem e por me amarem, MESMO me conhecendo bem, né. Isso é grande parte do que eu tenho na vida. :)

a little bit of Ruby

Uma breve história de amor

Era uma vez uma mocinha que tinha um namorado muito amado, mas que andava meio descuidado com ela e com o relacionamento.
Um belo dia, a mocinha conheceu um sujeito. Não importa de que jeito. O sujeito tinha uma banda de rock alternativo; som bacana e tal.
E tinha um sorriso lindo... e tocava violão... e a mocinha ficou encantada por ele.
E depois, ela escutou a voz do sujeito pelo telefone. E era suave, doce.... ela viciou na voz dele.
Ela tinha um monte de contatos bacanas, que poderiam ajudar na divulgação da banda do sujeito, e começou a dar uma força. Tudo pra tentar uma aproximação.
Mas ela acha que o cara não entendeu, ou entendeu errado, ou não quis saber dela mesmo, porque ele sumiu. Bloqueou ela no MSN... não quis mais conversa.
Foi a primeira vez que ela pensou que poderia até tentar viver uma outra história, diferente da que ela vivia com o namorado.
Ela ia se permitir tentar. Mas ele sumiu.
Ela, então, resolveu radicalizar: bloqueou o cara no MSN e deletou o perfil dele do seu orkut.
E então, ela resolveu viver feliz até quando der, com o namorado.
Triste por não ter tido a oportunidade de tentar. Mas feliz por se permitir experimentar, mesmo que por pouco tempo, sentir algo especial por outra pessoa, igualmente especial (ainda que não seja, de fato... vai saber?).

UPDATE: Porquê, meu Deus, porquê ficar assim por... nada? Se o sujeito fosse digno de qualquer nota, não sumiria desse jeito covarde. Affffe, me poupe.

terça-feira, março 20, 2007

Impressões do mundo animal

Eu sou a Clara Ruby, a mais nova integrante da trupe. Vou escrever sobre as minhas impressões (felinas) deste mundo de humanos loucos.
E quero começar contando sobre essa noite: minha humana me falou que meu pai viria dormir aqui na nossa casa, e eu fiquei feliz, afinal de contas, nunca vi meu pai na vida.
Minha mãe gata falou que ele foi muito safado, como todo o macho. Mas isso é outra história.
Quando já era noite e tudo o que eu queria era brincar de bolinha com a Valentina, o sujeito adentrou porta afora. Menina, que homem enorme!! E não era meu pai de verdade, mas sim, outro humano. Minha mãe humana disse que ele me adotou. Eu gostei dele, sabe?
Até dormi no meio de suas pernas...
Mas lá pelas tantas, mamãe e papai começaram a brigar. Um queria comer o outro, e eu fiquei com muito medo. Ele subia em cima dela e depois ela subia em cima dele, e as bocas deles pareciam que não iam descolar nunca.
Eu só fiquei ali, espiando e achando tudo muito esquisito. Depois mamãe me explicou que eles estavam só namorando, e que é assim que os humanos namoram.
Depois dizem que o mundo animal é estranho...
Eu vou escrever aqui de vez em quando sobre minha nova vida e sobre meu irmão, o Francisco, que mora com a mãe da minha humana. Ele é o irmão que eu mais gosto.

Até breve!

quinta-feira, março 01, 2007

Conte sua canção

Com 13 anos: meu primeiro mochilão de verdade. Fui pra Alemanha, com uma turma da escola. Foi ai que eu comecei a descobrir que o mundo era bem maior do que a distância entre minha casa e o colégio. E foi nessa época que eu descobri Guns and Roses (lembrem-se, eu era um adolescente e o Axl ainda era bacana), Fine Young Cannibals e outras cositas más.
A trilha sonora da viagem foi: Patience, do Guns e She Drives me Crazy, do FYC.

Aos 14 anos, comecei a namorar um sujeitinho da escola. Eu ainda era uma besta que acreditava em príncipe encantado e tal, e o sujeitinho era bem o arquétipo: loiro, alto, olhos azuis e um pescoção. O namoro durou 1 mês, e foi assim que eu descobri que não existe amor eterno.
A trilha sonora daquela época é "A Little Respect", do Erasure.

Aos 16, conheci aquele que seria o amor da minha vida, o primeiro homem que me fez sofrer de verdade. Namoramos por cinco longos anos, moramos juntos por um longo ano e nos separamos sofrendo todas as dores da desilusão do primeiro amor.
E a música do momento era "Outra vez", porque Roberto é um clássico da fossa.

Dos 21 aos 26: Se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi. Foram várias viagens insólitas, baladas com os amigos queridos, namoros errados, aniversários especiais.
Marisa Monte foi minha trilha sonora durante boa parte desse período. Mas houveram outras músicas especiais.... uma delas é Equatorial, do Lô Borges. Toda vez que eu escuto, dá um aperto no coração.

Dos 26 aos dias de hoje: Namorido me ensinou muita coisa. Me ensinou a gostar de música (boa ou não), me ensinou a ter senso de humor e, o mais importante: me mostrou o quanto é bom estar ao lado de quem se ama. Temos muitas músicas importantes, mas a que me vem à mente agora é "Minha Menina", gravada pelos Mutantes.

Bom lembrar dessas coisas.... me fez feliz. :)