quinta-feira, janeiro 31, 2008

Ah, o amor!

Isso deve ser comum aos casais mudérnos, mas gosto de pensar que certas coisas são só nossas, como as nossas gírias:

Pra acordar namorido: "amor, faz o Bob!" (Bob Marley- Get up, Stand up)

Pra ele nao surtar no Extra: "faz a fina. sem surto." (mas nao adianta. na última vez que eu bobeei e deixei ele ir sozinho no mercado, o bonito me volta com 4 garrafas de vinho - "estavam em promoçao, não dava pra deixar...")

Qdo eu tô de mau humor: "faz a pomba gira, pequena!"

Qdo a gente tá entorpecido: ah, aí a gente faz a correspondente israelense, a pomba gira, o boneco de Olinda. E a gente se faz feliz. E é lindo.
=) nesses tempos de crise e descontrole emocional, é tão bom saber que tenho braços e ombros amigos pra me aninhar de madrugada e chorar, chorar, chorar....

=) nuggets, macarrão cabelo de anjo ao alho e óleo feito a 4 mãos, várias taças de vinho e entorpecente e amor. esqueci de tudo por algumas horas e dormi no sofá. =)

=) eu reclamo e talz, mas namorido me entende tanto... nessas horas, percebo que eu sou muito, muito chata.

=) e é tão bom estar com ele que chega a doer.


quarta-feira, janeiro 30, 2008

Tarde no centro, 16:20h

Um inferninho na Avenida Rio Branco.
Paredes vermelhas, muitos espelhos, o de sempre.
Do lado de fora, uma prostituta espremida em roupas mínimas andava pralá e pra cá, rebolando o traseiro empinado e lançando olhares 43 na direção dos passantes.
Ao seu lado, uma placa pendurada, provavelmente do açougue vizinho, escrita em letras garrafais: "TEMOS CARNES".

terça-feira, janeiro 29, 2008

Planejamento Estratégico Familiar

No MSN:

Valentina: oi amor

Namorido: oi pequena

Valentina: amor, a gente precisa criar demanda nas nossas vidas.

Namorido: hã? cuma?

Valentina: andei pensando, a gente não precisa de $$$ pra ter filho, não. Precisamos do filho (a demanda), depois a gente corre atrás.

Namorido: uahaauhacuhauhauahuahauhauuahauah

domingo, janeiro 27, 2008

Diz que fui por aí

Essa imagem linda é daqui

E se alguém perguntar por mim
Diz que fui por aí
Levando o violão embaixo do braço
Em qualquer esquina eu paro
Em qualquer botequim eu entro
Se houver motivo
É mais um samba que eu faço
Se quiserem saber se volto
Diga que sim
Mas só depois que a saudade se afastar de mim
Tenho um violão para me acompanhar
Tenho muitos amigos, eu sou popular
Tenho a madrugada como companheira
A saudade me dói, o meu peito me rói
Eu estou na cidade, eu estou na favela
Eu estou por aí
Sempre pensando nela

A versão que a Fernanda Takai fez pra essa música ficou do caralho.

sexta-feira, janeiro 25, 2008

Minhas férias

Oi. Vim aqui escrever sobre as minhas férias. Estou há quase 2 meses na casa da minha avó, junto com Chicotávio, meu irmão. Eu gosto de ficar aqui porque tem rede na janela e então eu posso passar o dia inteiro espiando o movimento lá embaixo.
Se eu pudesse, cuspiria na cabeça de alguns. Se não fosse uma gata fina, possivelmente faria xixi na cabeça de outros. Mesmo assim, espiar o movimento me distrai e me faz esquecer das preocupações diárias.
Como na casa da minha mãe não tem rede, Chico e eu ficamos em cima da geladeira. Não tem o mesmo charme, mas é divertido.
Minha avó tem 2 netos que visitam a gente de vez em quando. Eu gosto bastante e até me divirto, apesar de ser muito desgastante- essas crianças de hoje têm muito pique, vcs sabem.
aqui também tem uma gata muito da mal amada, a Duda. Ela passa os dias espiando Chico e eu, e ainda não consegui saber se ela quer fazer amizade ou arranjar briga.
Eu gostaria de ser amiga dela.
É isso. Agora eu vou dormir, porque posso até ter nascido pobre, mas sempre fui fina.

*

Meu pai nao sabe usar o computador.
Meu pai não sabe usar a internet, se perde todo.
Gravei todos os sites que ele precisa nos Favoritos e ensinei que é só entrar lá e clicar.
Ele entrou.
Ele clicou.
No link errado, e quando entro no escritório dele, o velho está de cabelo em pé, desesperado, com o computador no último volume ouvindo Fluorescent Adolescent do Arctic Monkeys, me olhando com cara de quem foi pego no pulo.
Sem saber o que fazer.

Fiona Apple :: Across The Universe

Uma linda versão para a linda Valentina.

sábado, janeiro 19, 2008

Across the Universe

Words are flowing out like endless rain into a paper cup,
They slither wildly as they slip away across the universe.
Pools of sorrow, waves of joy are drifting through my opened mind,
Possessing and caressing me.

Jai guru deva. Om.
(guru)(deva)

Nothing's gonna change my world,
Nothing's gonna change my world.
Nothing's gonna change my world,
Nothing's gonna change my world.

Images of broken light which dance before me like a million eyes,
They call me on and on across the universe.
Thoughts meander like a restless wind inside a letter box,
They stumble blindly as they make their way across the universe

Jai guru deva. Om.

(guru)(deva)

Nothing's gonna change my world,
Nothing's gonna change my world.
Nothing's gonna change my world,
Nothing's gonna change my world.

Sounds of laughter, shades of love are ringing through my opened mind
Inciting and inviting me.
Limitless undying love, which shines around me like a million suns,
And calls me on and on across the universe

Jai guru deva. Om.

(guru)(deva)

Nothing's gonna change my world,
Nothing's gonna change my world.
Nothing's gonna change my world,
Nothing's gonna change my world.

Jai guru deva.
Jai guru deva.
Jai guru deva.
Jai guru deva.
Jai guru deva.
Jai guru deva.

sexta-feira, janeiro 18, 2008

Adeus a um amigo


Luto por um amigo que partiu.

Amigo de brincadeiras e vôos virtuais.

Amigo de bebedeiras e conversa fiada.

Amigo de acolher e deixar chorar no ombro.

Amigo-irmão, desses que a vida nos empresta pra tornar mais leve o fardo.

Zé, pai e companheiro. Thomas, meu amigo. Que Deus tenha acolhido a você e seu pai nos braços, da mesma forma que os teus braços acolheram este teu amigo.

Hoje, 14 de Janeiro de 2008, perdi um grande amigo. É tempo de chorar.

quinta-feira, janeiro 17, 2008

Eu não aguentava mais acessar este blog e dar de cara com o meu último post... Por isso, e como ninguém mais tem se animado a escrever, decidi, por mim mesma, atualizá-lo como se deve.

Vida que segue, as perspectivas para 2008 parece ser muito boas. Estou animada, devo afirmar.

Mudei a senha do meu Gmail e ainda estou me acostumando com ela.

O projeto de trabalhar mais em 2008 vai dar certo. Ahhh, vai.

E por enquanto é só, tenho fome e vou-me embora.

terça-feira, janeiro 08, 2008

I do, I do, I do, I do

Love me or leave me. Foi assim que a mocinha, decidida que só, "intimou" o rapaz a tomar a decisão mais séria de suas vidas, sem saber se isso um dia iria mudar.
Optaram por uma cerimônia nonsense, sem padre, família e frescurinhas do gênero.
A noiva vestia verde. Um vestido longo, vaporosinho, suave como a (falta de) calma dela. Cabelo preso em um coque descabelado, enfeitado com flores brancas, maquiagem suave, aparecendo sozinha, com um buquê de rosinhas vermelhas nas mãos. Andando, sorridente, em direção ao rapaz, igualmente sorridente; os amigos mais queridos ali presentes e Pixinguinha ao fundo, na flauta e violão para completar o momento.
O amigo do coração, vestido de padre, provou que o hábito não faz o monge e fez uma cerimônia linda, cheia de palavras de carinho para com os noivos. E todos os padrinhos resolveram falar sobre aquele momento, cada um com seu discurso, pronto ou não. No fim das contas, o coração falou mais alto.
Depois, foram todos dançar ao som dos amigos e DJs fofos, e por fim, a comidinha honesta, bolo caprichado e docinhos caprichados. Para beber, água de rosas e de hortelã, bem geladinhas, dispostas em mesas cobertas por toalhas vermelhas, tom predominante na festa. E cerveja, vinho, batidinha de frutas e outros experimentos etílicos.
Quando a festa terminou, já era dia, mas todo o mundo queria mais. E, assim, o casamento durou o fim de semana inteiro e terminou com um jogo de futebol entre homens e mulheres que acabou empatado, como a vida deve ser.

segunda-feira, janeiro 07, 2008

Pequeno momento surreal


É certo que o ano de Ruby já começou com vários momentos surreais e bizarros (a serem contados depois).


Mas o último pequeno momento surreal de 2007 merece ser postado aqui. O prêmio de sem-noção do ano foi novamente para ela, a sua, a minha, a nossa Valentina Let´s Go!


Chego um dia no trabalho, sonolenta como um urso querendo hibernar e encontro a mocinha da recepção sorridente, com um papelzinho pra mim. Um dinheiro preso com clipe e um bilhete, que leio e releio todos os dias querendo acreditar que ela fez isso de verdade.


Confiar dinheiro a mim?? Como assim, gente??

PS: Continuo cuidando, mas não posso garantir até quando.

sexta-feira, janeiro 04, 2008

lembra de quando ficávamos fazendo planos pro futuro, sentados na marquise da janela do meu quarto? das suas recuperações de verão e das tardes estudando juntos e escutando bob marley?
lembra do dia que vc me apresentou aquele que seria minha maior alegria e minha primeira desilusão? das tardes lagarteando no seu quarto, dos bilhetes, cartinhas e criações literárias?
eu lembro de quando voce sumiu da minha vida e levou uma parte de mim com vc. lembro de ter passado muitos dias e noites pensando no que havia te levado a sumir assim, sem dar nenhuma explicação; imaginei mil coisas, todas erradas, claro.
e só depois de muitos anos é que fui entender que o seu afastamento voluntário doeu tanto em vc também.
lembro das tardes na sua casa, escutando Clara Nunes e de todo o mundo dançando e cantando junto. lembro das pessoas queridas, que não estão mais conosco fisicamente e cujas lembranças guardamos em nossos corações.
lembro das minhas crises de ciúmes, daquela tarde "cozinhando" roupa na tinta azul, daquela festa de aniversário quase errada e de tantas outras coisas lindas que vivemos juntos.
e quem diria que, dezessete anos depois, estaríamos aqui, escutando música, bebendo suquinho, fofocando sobre a vida, os amigos e os amores, lambendo as feridas um do outro, como nos (nem tão velhos) tempos do século passado, sim, somos pessoas do século passado e me orgulho disso, assim como me orgulho de ter amizades preciosas como a sua e espero que continuemos nos amando por mais 17.000 anos.
te amo um tantão assim.

Porque eu quero ser mãe (e outros devaneios)

Que eu quero muito ser mãe, todo o mundo sabe. E que eu morro de medo disso, também. Mas sinto que um filho vai mudar a minha vida, e a de Namorido também.
Ele adora criança. Os bebês pulam no colo dele e dormem feito anjinhos, e as crianças maiores brincam com ele como se todos tivessem a mesma idade. E eu me derreto toda com bebês, e adoro conversar com as meninas de 5 anos, cheias de personalidade.
Por isso, quando leio sobre maternidade, ou quando converso sobre o assunto com a Ruby, fico super emocionada. Antes mesmo da minha pequena ser um embrião, eu já me sinto mãe. E faço planos, converso com ela na minha cabeça, imagino mil coisas e peço que ela tenha um pouquinho mais de paciência, porque Namorido e eu estamos nos ajeitando direitinho pra que ela possa acontecer nas nossas vidas.
Não terei medo de não dar conta, nem de segurar a minha pequena nos braços, porque quando o bebê nasce, a mãe nasce junto. E não me importarei de amamentar de madrugada, e sei que Namorido será um paizão.
Só peço, rezo e acredito que esse seja o ano da (minha) cegonha.

E então nós vamos dominar o mundo.

2008- o ano que mal começou

Entramos em 2008 cheios de perspectivas, sonhos e metas a serem alcançadas. Um dos meus pedidos, ainda em 2007, foi o de continuar cercada por pessoas lindas como o Epa, Patrice, Ruby e os gatos, e ter muito amor pra dar e vender, porque a gente já aprendeu que só o amor constrói.
O otimismo e alegria tomam conta do meu ser, pois esse ano eu caso. E espero terminar 2008 com uma bebê na barriga... Ai ai.
Preparem-se, porque vai rolar a festa. Ah, vai!