sexta-feira, agosto 10, 2012

como uma música do Odair

Ao fechar a porta do hotel, sentiu como se estivesse fechando também a porta de um capítulo da história de sua vida. Deu uma última olhada para aquele quarto, onde havia passado os últimos quarenta e poucos dias, deu um suspiro e saiu, sem olhar para trás.
Dessa forma, começava seu novo ano.

Alguns meses depois, ela iria fazer a mesma coisa. Sentada no chão da sala, agora sem móveis e repleta de caixas, lembrava - sem saudade - do dia em que eles chegaram àquele apartamento. Da bagunça, do tempo que levaram para começar a arrumar as coisas.

Depois, o acidente. E a amiga que se mudou para lá. E a mudança, nova vida, novo bairro, novo tudo.

Amanhã, ela vai sair do apartamento e fechar a porta, sem olhar pra trás e sem arrependimentos, nem tristezas: um capítulo se encerrou ali, de uma vida nem tão feliz.

Ela entrou ali como uma menina, buscando se afirmar no mundo. E sai mulher feita, com dúvidas e medos, mas cheia de vontade de recomeçar.

Desse modo, um novo ciclo se fecha. Assim como ele, perto de seu aniversário: ela já não sabe se coincidências existem.

quinta-feira, agosto 09, 2012

Freedays

Em todas as praças e coretos toquem as bandinhas e fanfarras.

Os velhinhos sorriam por este dia feliz.

As crianças saiam com seus cachorros e bicicletas para brincar nos parquinhos.

Os enamorados se abracem em um momento de ternura.

Os anjos cantem em júbilo.

As flores se abram antecipando a primavera.

A lua saia do seu esconderijo e venha iluminar as noites.

Os amigos saiam para os bares, riam e se congracem.

Porque amanhã é sexta e eu vou te ver!!

quarta-feira, agosto 08, 2012

No espelho

Se expressa em quatro línguas. Ou tenta. Pula de penhascos com os olhos fechados e o sorriso aberto.  Literalmente. Existe nas linhas e nas entrelinhas. Chora com "Meu Pé de Laranja Lima". Tem coração de mocinha de filme.

terça-feira, agosto 07, 2012

Daydreaming

Fechava os olhos e podia vê-lo ali, quietinho, assistindo alguma coisa engraçada no computador e rindo de vez em quando. Via direitinho o abajur meio brega na parede, que disse a ele que era "moderno, né?" só pra dizer alguma coisa, e ele sorriu e disse: "pff, já estava aí quando eu me mudei". Lembrou-se de ter visitado a casa dele na noite passada, porque lembrava a senha do portão eletrônico de cabeça. Mas viu a luz do apartamento acesa por baixo da porta e não foi até lá. Assim mesmo podia vê-lo dormindo no sofá. Queria dizer tanta coisa. Mas sabia que não precisava dizer nada, porque ele sabia de tudo. Podia ver naqueles olhos pequenos e coloridos, que se cruzavam às vezes sem jeito e sorriam e entendiam e amavam, sem precisar falar.

Encontros e desencontros: Ausência.


Para Ela

Noite. O vento se desesperava enquanto as folhas resistiam à sua oposição violenta. Eu estava sentado à janela e assistia à fúria da natureza e à passividade dos pequenos elementos não imunes aos efeitos naturais. Talvez minha vida também tenha sido desde longo tempo uma força não resistente às tempestades e cóleras da vida moderna. Enquanto o universo servia à loucura eu seguia com a ideia, até esta noite, de fugir da confusão e insanidade que se arrastavam até meu quarto e se despertavam sobre minha escrivaninha. Mas fui fraco. Entreguei-me àquela influência externa que entrava em meu aposento sem meus consentimentos. Já era muitas noites dentro da noite quando não pude mais resistir e confiei-me a uma caneta e um pedaço de papel. Contra meus impulsos comecei a anotar minhas reminiscências mentais.

Minha memória não é confiável pelo desapego desses eventos acontecidos há um tempo muito distante e intocável. Minha própria caneta me trai. Percebo não ser necessário ser fiel aos detalhes que, mesmo se importantes, eu não seria capaz de descrevê-los como de fato devem ter ocorrido. Tentarei ser breve, como a nuvem que passa, porém nobre, na apresentação de minhas notas mentais, e seguirei uma linha narrativa desconstruída, sem me ater ao tempo exato que a regem ou regiram. Reminiscências ou notas mentais, é assim que as chamo, não por razões específicas ou soberanas, mas por sabor do acaso. Começarei de onde devo começar, no entanto, pararei onde julgo dever parar. Desconheço os limites da própria física que envolve as cenas compassadas num ritmo que meus ouvidos outrora conheceram.

Perto dela, meu ego infla por exatos meio segundo e logo em seguida me sinto a menor pessoa do mundo. Seus olhos têm um tom de solidão misturada à fúria do mar.

Ela gosta de ler romances policiais de frente para o mar. Enquanto o mar se braveia, ela se deixa levar pelas ondas.

Caminhei durante quase todo o dia. O sol ardia sobre minhas costas e meus pés pediam um descanso. Parei diante de um café e fiquei alguns minutos em pé olhando para os que entravam e saiam pela porta que girava e girava. O tempo estava realmente quente e meu cansaço se tornava mais e mais evidente. Voltei a caminhar em passos lentos e precisos, precisamente a passos largos, não me importava com a multidão que passava por mim. Crianças sorriam, homens se apressavam, mulheres caminhavam despreocupadas; moradores de ruas dormiam, cachorrinhos brincavam, todos sob o mesmo escaldante soleil.

Ela está no reflexo do vidro do carro competindo com os raios do sol...

Sua suave voz está na nota da canção e no silêncio do vento que passa. Seu rosto impresso no lado reluzente da lua. Ela está sempre competindo com os raios do sol, mas não vejo sol algum...

O sol. O tempo mudara. As nuvens encobriram a tudo e a todos e uma forte chuva despencara da cúpula azul cristal. Corri. Corri até uma marquise de uma antiga livraria que havia falido há umas semanas. Em formatos curvados procurei abrigo em suas curvas. Verão. Sim, uma tremenda chuva de verão. Dois pés caminhavam às pressas procurando abrigo da tempestade. Dois pés, um par de olhos. Parou perto de onde eu estava e senti que olhou ao redor como se procurasse lugar mais confortável. Não havia. Virei. Uma mulher jovem segurava uma pequena bolsa. Estava completamente molhada e se mostrava bastante inquieta. Voltei a minha posição inicial o que a fez virar o rosto e então casualmente olhei nos seus olhos. Ela virou rapidamente e parecia procurar algo dentro da bolsa. Apanhou um cigarro e acendeu-o. Balançava as mãos como que nervosa ou atrasada para algum compromisso. Deu duas tragadas, jogou a fumaça ao ar e olhando para mim fez como se quisesse dizer-me qualquer coisa, no entanto, apenas balbuciou ao vento.

Ela é o amargo e o doce. Seus olhos são pequenos cristais e sua mente uma civilização bem arquitetada.

Suas pernas são como duas canetas que desenham as mais diversas cidades, veredas e sendas, e as mais diversas maneiras para que eu me perca.

Poderia descrevê-la em detalhes, meu amigo, mas existem recordações que a seu próprio tempo serão reveladas. Seus movimentos eram belos e harmoniosos. A chuva parou de cair e ela saiu andando em direção ao ponto de um taxi. Fiquei ali assistindo à sua despedida e não muitos minutos depois eu deixei o local com grande pesar. O clima do tempo me agradava, pois a noite chegava e pude terminar minha caminhada em direção ao meu apartamento. Um quarto fechado e, livros no chão. Abri a janela e me sentei frente a mesa. Peguei um livro qualquer e ao abrir numa página aberta ao acaso, lá estava minha sentença: “Sou o sonho de tua esperança. Tua febre que nunca descansa. O delírio que te há de matar!”. Fiquei olhando para o céu durante horas e horas. Soltei o livro e ao virá-lo sobre a mesa, encostei minha cabeça que pesava sobre o corpo. Não sei dizer se foi antes de adormecer ou se foi meio a um sonho, mas no dia seguinte encontrei algo escrito em um pequeno caderno de capa vermelha.

Ela muda sua beleza num abrir e fechar de olhos...sempre muito bela...beleza refinada...revestida de uma solidão muito peculiar...e eu de longe!

Encontrei-a muitas e muitas outras vezes. Seu olhar passou a ser familiar e aconchegante. Sempre me mantinha a uma distância, tempos e tempos se passaram. Foi num desses lugares que paramos para ficar sozinhos, para ler um livro, comer alguma coisa ou simplesmente ficar em silêncio. Que ouvi sua voz pela primeira vez. Um Café Sem Nome, lugar simples mas confortável. Sentei num lugar distante da entrada e quando já havia horas que ali estava sentado notei que uma moça entrava e se sentou a poucas mesas de distância. Ouvi sua suave voz enquanto conversava com a garçonete. Algumas folhas caíam das árvores lá fora, o outono já se apresentava e deixava sua marca onde passada. Uma estação que passa devastando todo o verde que a primavera lutara para construir e preservar. Estação simples, forte, graciosa e singular. Estação triste. Estação mais bela e sincera. Anotei em um guardanapo e entreguei em suas mãos. Sai de uma forma sem deixar rastros. Sereno.

Sem sombra de dúvidas sua beleza é mais refinada no outono, talvez por incorporar toda melancolia própria da estação.

Tarde. Outono. Passei a notar que caminhava sempre pelas manhãs. Sempre sozinho. Em todos os lugares solitários andava solitária. Talvez não seja daqui. Talvez não tenha família aqui. Frio. Fazia bastante frio. Agasalhei-me. De longe ela se mostrava sempre presente. Usava um agasalho não muito espesso. Parou bem perto. Já notara o quanto de distância eu estava dela. Veio caminhando suavemente em minha direção. Disse um oi. Oi. Respondi com cordialidade. Perguntou se o que eu havia escrito era sobre ela. Apenas acenei com a cabeça em sinal de positivo. Ela sorriu. Escondi meu sorriso. Acendeu um cigarro e ficou parada. Por muitas vezes tentei desenhar sua imagem. Uma negação. Não tinha dons artísticos. Tinha uma vontade. Um desejo. Caminhamos juntos durante alguns minutos. Nenhuma conversa interessante, apenas silêncio e vontades. Palavras soltas e desconexas. O cigarro se queimara todo. Frio. Despedimos-nos com cumprimentos convencionais. Ao momento que ela se virou e fez que me beijasse. Frio. Um vento forte soprou. Movi minha mão em direção ao bolso. Demasiado frio. A janela batia por causa do vento forte que soprava. Levantei-me para fechá-la. Voltei para cama, meio tonto meio lúcido. Abri os olhos e senti a luz muito intensa nos meus olhos. Fiquei alguns minutos de olhos abertos. Era um sonho? Não sabia, não conseguira notar a diferença. Senti um incomodo profundo. A temperatura caia mais e mais. Com os olhos abertos e as mãos frias, pensava em seus lábios que mal entendi se tocara nos meus ou se apenas tive uma comoção. Seus olhos se mantinham vivos em minha mente. Outono.

Ela passa, pernas brancas, pele branca, forma singular, mãos quentes. Ela passa por mim e eu a sigo com meu olhar...ainda permaneço distante, e aos poucos me torno menos estranho.

Dois estranhos. Dois iguais. Um par de olhos. Ela me disse o seu nome. Repetia diversas vezes a mim mesmo. Um nome. Uma voz. 

Não sabia por ela andava. Notei apenas que fazia alguns dias que não a via. Passei algumas vezes em frente à fachada de seu apartamento, mas não havia luzes nem sinal de vida. Talvez estivesse viajando. Fora. Visitando familiares e amigos. Fato é que a fachada estava escura e não havia movimento algum dentro ou fora. Minha mente ficou calma por esses dias. Sentei-me pouco para escrever e o pouco que consegui rabiscar no papel joguei fora. Decidi ir até o litoral para avistar o mar. O mar sempre foi pra mim um monstro gigante. Não há nada na natureza que seja mais temeroso do que estar em frente ao mar e sentir o quanto se é pequeno diante de tantas águas. Fiquei um ou dois dias, não me lembro exatamente o tempo que passei lá. Mas de costume, caminhei quase todo o tempo. Pés descalços sobre a areia e o incômodo da água gelada que regava os pés sujos de branco.

Em seu diário ela rabisca algumas palavras. Fecha-o. Levanta-se e se vai. Dirijo-me à mesa, agora abandonada, e leio um grifo rabiscado: "Os tristes têm duas razões para o ser: ignoram ou esperam".

Ela é "presente em tudo que eu faço, em qualquer hora e lugar. Em toda esquina, em cada passo".

Poucas horas de viagem. O trem balançava bastante, e o café derramou um pouco. Peguei o livro e sai pela estação. Segue em frente em direção ao centro. Parei numa vitrine e fiquei alguns minutos olhando para um manequim. Senti um calafrio. Entrei. Comprei um colar simples. Coloquei-o no bolso e sai da loja. Ao deixar a loja olhei novamente para o manequim que me olhava fixamente. Comprei um jornal. Antes de voltar para casa, passei no apartamento dela que ainda não mostrava nenhum sinal de vida. Um pássaro cantava em sua janela. Havia um adesivo preso à janela, mas não conseguia ler o que estava escrito. Então, continuei caminhando para meu apartamento que ficava alguns metros dali.

Um navio distante. A areia nos seus pés a incomoda, mas ela pára e pensa sobre o que acabaste de ler num romance policial qualquer: "A estupidez insiste sempre".

Ela nada mais é do que o tudo no nada.

Poucos dias depois ao passar por seu apartamento, notei que a janela estava aberta e a luz acessa. O adesivo permanecia lá. O pássaro já não estava. Ouvi vozes. Não pude saber de onde viam. Caminhei quase todo o dia. Tentei lembrar que dia era, mas não conseguia conciliar as ideias. Olhei para o relógio. Eram nove horas da noite. Ela desceu pelas escadas. Olhou para mim e sorriu. Lembrei-me do manequim. Disse alguma coisa que eu mal compreendera. Estava com uma caixa vazia nas mãos. Nem pensei em perguntar absolutamente nada. Só fiquei lá parado sem saber o que dizer. Ela me disse mais alguma coisa e subiu as escadas.

Ela é o matiz das mais belas cores. Eu sou um borrão acinzentado.

Ela é mais forte do que qualquer ação ou reação minha. Nossa relação é fora do controle de nossas mãos. A despeito de nossas mãos nunca terem se tocado.

Algumas semanas se passaram. Durante esse tempo assisti aos muitos movimentos em seu apartamento. Depois de alguns poucos dias o pássaro voltara à sua janela. As luzes estavam apagadas. Janela semi-fechada. Coloquei a mão no bolso e o colar já não estava mais lá. Permaneci durante um tempo ali, parado em pé. Não havia muito movimento na rua. Uma velhinha caminhava em minha direção. Usava um chapéu e luvas nas mãos. Segurava uma sacola em cada uma das mãos. Parou e olhou para mim. Não disse nada, apenas fiz que já estivesse indo embora. Subiu as escadas. Então a chamei. Ela se virou e olhou-me com seus olhos úmidos. Não sabia o que dizer. Silêncio. Perguntei sobre a moça que morava no apartamento. Fiz a descrição dela. Balbuciou algumas palavras. Eu não prestara atenção. Apenas consegui ouvir que não havia moça alguma naquele prédio. Continuou dizendo outras palavras mais. Continuei andando. Parei. Olhei para janela e vi um pássaro que batia suas asas. Ele tentava bicar um colar que havia na janela do lado de dentro.  A chuva veio forte naquele dia. Era inverno e bastante chuvoso. Não suportava aquela chuva, que me incomodava, pois não podia caminhar como de costume. Parei num café e fiquei sentado por não sei quanto tempo. Pensei nos olhos da moça, no colar e no pássaro. Voltei ao apartamento. Sentei e folheei uma revista. Lembrei que no inverno os pássaros migram para o sul. Vão de encontro ao sol. A noite caiu. Na TV passava um jogo de futebol. O café esfriara numa xícara amarela de velha. Acendi um cigarro. Apanhei uma folha onde havia outras notas mentais, apoiei-a sobre um romance de Camus e escrevi:

Ela estava na chuva que a pouco regava o verde do veludo. Agora ela está distante, em outros tempos, procurando outros campos...

Há três coisas necessárias à beleza: integridade, harmonia e luminosidade. E ela possui todas essas qualidades, portanto, é bela, mesmo que de longe, distante e fora de foco.

Grands Boulevards

Andando pela rua em obras num domingo em Paris, na direção do meu metrô, com dor de barriga, sem saber se o clima estaria perfeito em casa, criando cobras e lagartos na cabeça. Alcanço o Boulevard Montmartre, viro a esquina na direção da estação e percebo aquele cara falando comigo, como quem quisesse sinalizar alguma coisa. Penso logo que devia ter perdido algo, olho em volta. Ele me para e diz: desculpe, mas preciso dizer, você é très jolie. “Como?” Muito bonita, muito bonita, ele repete, desta vez em inglês. Abro um sorriso de orelha a orelha, surpresa e não sem um pouco de medo. “Obrigada… Muito origada. Merci, et bonne journée”. Desço as escadas rapidinho. Podia ser um maluco. O sorriso me acompanha até o ponto final.

Jabor-Lispector-Pessoa

Aquele receio de publicar um pensamento profundo e vê-lo republicado em seguida com o nome de Caio Fernando Abreu.

segunda-feira, agosto 06, 2012

Whakapapa Feelings


Na base de uma montanha, vendo neve pela primeira vez na vida. Cheia de casacos e segurando um trenozinho, porque sabia que tentar esquiar ou descer de snowboard a faria ter que usar o seguro saúde, e não estava a fim de ir até o hospital naquelas condições climáticas, ela esperava os amigos alugarem seus equipamentos. O garoto alto, branquelo e de sorriso largo chega de cabelo bagunçado, gorro, um casaco leve vermelho e os olhos brilhantes. “Posso dar uma volta?”, ele pergunta apontando o trenó. “Claro, manda ver”, ela responde, sorrindo de volta. Ele corre na direção de um morrinho, e sobe e desce escorregando e rindo, sobe de novo, mais alto, e desce outra vez. Repete por umas cinco vezes. Volta com a cara vermelha, do exercício e da alegria. Ele tem seus 20 e poucos, mas parece uma criança que sorri com os olhos azuis.
- Obrigado, é demais! Você é daqui?
- Não, estou de passagem, estudando… e você?
- É, eu sou daqui. Cool, aye?
- Então me diz uma coisa… qual é o lugar que você acha mais legal pra eu visitar no país? O que é indispensável de conhecer?
Ele olha pra cima e pensa por um segundo:
- Olha, o que de mais legal você pode fazer por aqui é alugar um carro… – e ela imagina que ele vai emendar com “e ir pra Rotorua, Tauranga, Queenstown” quando ele continua:
- Sem GPS… e então se perder por uma estrada qualquer, até perceber que está no meio do nada. O que não é muito difícil. E quando chegar lá, simplesmente deite no chão e olhe para as estrelas… É a coisa mais linda que você pode ver por aqui.
Ela só sorri. Não havia mais nada a ser dito.