quarta-feira, março 21, 2007

a mudança

Mudanças são engraçadas, são complicadas e são excitantes pra caralho também.
Tudo o que a gente tem pra pensar sobre a casa, opções pra escolher, que cor vamos pintar nossa sala? coloco aquele quadro, troco os espelhos de luz?
É brincar de casinha de novo, fazer o que se quer e o que a grana curta permite.

Lembro daquela música da Legião, 'temos que consertar o despertador e separar todas as ferramentas, porque a mudança grande chegou com o fogão e a geladeira e a televisão, não precisamos dormir no chão, até que é bom, pois a cama chegou na terça, e na quinta chegou o som'...

No meu caso, não estou mudando por amor como a música. Ou por outro ponto de vista, estou sim.
Por amor a mim. Amor aos meus princípios, as minhas vontades, aos meus sonhos e desejos, amor ao que eu acho que será melhor pra mim e pra pequena guria de quase quatro anos.
Ela também está empolgada, pergunta todos os dias, mas tem suas dúvidas de criança pequena, de como será a escola, se o moço da perua vai saber quem é a mãe dela, se ela vai poder ver os avós sempre etc.

Minha despedida foi linda, os amigos mais queridos, as demonstrações de carinho e força deles e os meus milagres de lágrimas derramadas por estar me separando daquelas pessoas.
Aí eu me sinto uma besta por causa do clichê de passar um filminho na cabeça. Mas é inevitável, passa mesmo. Afinal, tenho toda uma história em 25 anos de São Paulo Capitar... Nascer na Paulista, Infância na Vila Hamburguesa, adolescência na Lapa, as bagunças, as experiências, as dúvidas, boteco de faculdade, cemitério da Consolação, Praça Roosevelt, Rua Augusta, tanta coisa... tanta.
E junto com isso, todas as pessoas que fizeram parte de tudo e vão fazer sempre.
Doeu bastante aquele dia, porque era um encontro de despedida.
Mas eu sei que a gente vai estar junto, que existe internet, skype, telefone, ônibus e feriados.

E que chega uma hora que a gente tem que mudar tudo mesmo, eu acho, sempre achei, o velho espírito andarilho e solto que gosta de ir atrás do que acredita, do que se é.
No fim das contas, tô feliz com essa mudança toda, há tempos eu vinha tentando quebrar o círculo vicioso do comodismo, da estagnação.
Agora eu consegui. Não vai ser fácil, claro que não, tem muito trabalho e ralação pela frente, mas é assim que a gente cresce, né?
Já demorei muito tempo dentro do casulo, até sentir segurança nas asas. E agora, vamo que vamo, voando meio capenga, até aprender direitinho como se faz.

Brigada, gente, obrigada por me apoiarem e por me amarem, MESMO me conhecendo bem, né. Isso é grande parte do que eu tenho na vida. :)

3 comentários:

Barbara Manoela disse...

vou sentir mtas saudades, vc sabe disso. por outro lado, vamos continuar mantendo contato de todas as formas possiveis, inclusive através desse nosso cantinho tao especial.
beijos, com mto amor

Anônimo disse...

Gostei do post. Brigado por me lembrar de " O Mundo Anda Tão Complicado", fazia tempo que não ouvia. Aliás, li seu post ouvindo-a. Leia ou ouça esse poema, vale a pena:

http://www.tvcultura.com.br/provocacoes/poesia.asp?poesiaid=232

Boa sorte...

Ruby Tuesday disse...

Baby Lovely, brigada, minhamore.

Silas, tou indo ver o poema também...

Beijos e beijos...