quinta-feira, julho 19, 2012

É pequena

É pequena e graciosa como poucas. Não que estatura seja deveras um problema, mas é bom ressaltar que é pequena. E graciosa.

Tem charme e cultura. Tem mesmo muito charme. Algo que chama a tenção, quer seja pelo sorriso largo, quer pela beleza do corpo. E tem charme.

As músicas que ouve são lindas. Lindas como é essa pequena moça, de sorriso fácil. Suas músicas lhe emprestam frescor, juventude e romance. E como são lindas as músicas.

Pequena e tem medo. Medo pelos calejados relacionamentos e atitudes alheias. Não é amarga, de forma nenhuma, pois se dá a chance de novamente começar. E tem medo.

Apaixonar-me por ela. Por esse jeito, charme, graça, música, sorriso e medo. E porque não deveria me entregar de alma, corpo, pensamentos, alegrias e loucuras a alguém assim. E apaixonar-me.

terça-feira, julho 17, 2012

Epaminondas Maria Braga 2

Ok... Ok...

Todo solteiro tem um ponto sem retorno em sua vida.

É aquele ponto onde ele decide se realmente vai abarcar a sua solteirice convicta e desistir dessas aspirações mundanas a um relacionamento duradouro com alguém que o complete, entenda e aqueça nesse inverno.

É aquele pondo sem volta, a nêmesis de todos os solteirões convíctos.

É o ponto onde ele desiste de ter uma companheira que COZINHE decentemente e decida ele mesmo RESOLVER os seus problemas culinários.

Eu, confesso, cheguei a esse ponto.

E resolvi passar de apreciador da boa mesa a produtor de ensaios culinários... E não é que deu certo!

Acompanhei atentamente um amigo cozinheiro fazendo um singelo prato que ele apresentou como "Galinhada".

Memorizei cada passo do xamantismo de fogão a mim apresentado e mentalmente estabeleci o roteiro.

Tomei a coragem necessária aos grandes eventos de mudança estrutural em uma vida, passei no mercado e comprei os ingredientes:

1 peito de frango de tamanho pequeno (prato para dois)
2 tomates
1 estrato de tomate
1 pote de cebola picada salgada (pra não ficar cheiro de cebola nas mãos)
1 pote de pasta de alho (idem)
1 pacote de 1 quilo de arroz (o resto deixa num potinho, vai por mim)
1 vidro de azeite de oliva
1 pacotinho de manjericão desidratado
1 de salsinha (coentro para os fortes)

Modo de preparo:

Primeiro acenda uma vela pra seu orixá, protetor dos cozinheiros de primeira viagem.

Pique o peito de frango em tirinhas pequenas. Reserve em um pote (sempre quis escrever "reserve em um pote" em um texto!!)

Pique os tomates em cubinhos pequenos.

Coloque no fogão uma panela grande e uma chaleira com água.

Acenda as duas bocas do fogão (sim, isso é necessário!!) para a panela e para a chaleira.

Encha o fundo da panela com uma lamina fina de azeite de oliva.


Jogue a cebola picada na panela para refogar. Vá mexendo para evitar que queime.


Após a cebola dar uma "dourada" coloque o tomate picado.


Vá mexendo até o tomate desmanchar e refogar bem.

Acrescente o frango picado e vá mexendo até o bicho cozinhar bem.


Agora vem o Estrato de Tomate pra dar "sustança".


Acrescente um punhado de arroz (a mesma proporção do tomate e da carne).

Acrescente um pouco da água fervente do bule.

Deixe cozinhar por mais ou menos 20 minutos. Vá mexendo pra não grudar o arroz. Sempre que a água baixar, acrescente um pouco mais de água da chaleira.


Em 30 minutos sua fome matada ou seu dinheiro de volta! Melhor que consulta da MTSP!


Degustado com um wiskinho básico vai muiiito bem.

Epaminondas recomenda!!

domingo, julho 08, 2012

eu tenho medo de tudo

meu amor,

eu tenho medo de começar de novo, por não saber por onde começar. tenho medo de tentar de novo, por temer os olhares das pessoas. tenho medo de viver de novo, por não saber como lidar com pré-julgamentos alheios.
tenho medo de nunca mais amar alguém na mesma intensidade que amo você. e tenho medo de te decepcionar, não por desistir de nós dois, mas por querer viver minha vida, nem que seja só por um parênteses de instante.
tenho medo de sofrer. muito. e tenho medo de encontrar alguem que me faça mais feliz do que você me faz. e então, tenho medo de querer começar uma vida nova ao lado de outro alguém, e deixar toda a nossa história pra trás.

tenho medo de estar sendo covarde, por não ter sequer tentado uma vida ao seu lado. tenho medo de não viver as dificuldades ao seu lado, quando você mais precisa do meu amor.
porque quando a gente ama, simplesmente ama, e eu te amo tanto...

sabe, amor... a gente já passou por tanta coisa nesses dez anos juntos! tantos momentos bonitos e divertidos, tantas brigas, tantos desafios, tantas perdas e aprendizados, tanta coisa...  eu tenho medo de nunca mais viver isso novamente, sabe? porque o que vivemos foi tão lindo e tão verdadeiro que chega a doer na alma, só de pensar em não ter mais.

eu tenho medo de não ter a chance de realizar meu sonho, que é casar com você num coreto, vestida de noiva moderna, caminhando até os seus braços ao lado do meu sobrinho.

eu tenho medo de não viver com você todos os sonhos que a gente sonhou junto, mas isso é porque eu não sei como recomeçar a nossa vida depois de tudo isso. e por isso, eu tenho medo de desistir e me arrepender depois. porque a única coisa que me faz seguir em frente é o meu amor por você.

um dia, eu te falei que minha vontade de viver vinha da sua, lembra? e você disse que não era pra eu contar com isso, porque você não estava em condições de me dar força. mas você deu, amor. sem saber, você vem me ajudando a tocar a vida, a planejar novos planos e a sonhar novos sonhos. e você está em todos eles, sabia? nos meus sonhos da casa nova, do casamento, dos nossos filhos e de uma vida tão linda e plena que eu tenho até medo que isso tudo não passe mesmo de um sonho bom.

e por isso, tenho medo de viver uma vida de verdade. nos últimos meses, venho me escondendo de tudo e todos, atrás de um coração em pedaços e lágrimas nos olhos.

eu tenho muitos medos, mas uma única certeza: eu não quero me perder de você.

te amo.

B.