sábado, abril 28, 2007

Vida de gata

Chegou o frio! Eu tenho dormido muito e brincado muito com as minhas bolinhas de alumínio.
Mamãe escondeu elas de mim, mas eu não me importo, porque brinco com as que eu tenho, e agora, escondo elas da mamãe. Ela fica maluca, procurando as minhas bolinhas debaixo dos móveis. hahahaahahah!
Outro dia, mamãe recebeu a visita de uma amiga dela. E eu recebi a visita do cachorro da amiga, o Mutley.
Bicho bobo aquele, sabe? Ficou só me cheirando. Eu não fui com a cara dele, e quis logo partir pra briga, mas mamãe não gostou muito. E só de raiva, comi a comida que a mãe dele colocou pra ele comer.

E meu pai anda muito chato. Fica me pegando no colo e rosnando pra mim. Será algum novo tipo de comunicação entre humanos e felinos? O que eu sei é que ele chama minha mãe a noite toda e ela precisa ficar apertando as costas dele. Ela me disse que é massagem. Eu sei que gosto de tentar pegar os dedos dela, que se mexem feito minhocas (eu nunca vi uma minhoca, mas minha mãe disse que eu penso isso, então tá; tudo o que minha mãe diz é verdade).

E eu fui tomar vacina. Gostei muito da minha nova veterinária, ela fala baixinho e é carinhosa comigo, mas não gostei da injeção, não! Ainda bem que foi rapidinho. Mamãe disse que vou tomar mais uma dose logo logo, mas eu vou tentar enrolar ela pra não ter que ir. Hahahahaah! Vou me esconder atrás da máquina de lavar roupa, quero ver alguém me achar no meu esconderijo super secreto!

Isso é vida de gata, minha gente. Vida dura. Miauuuuuu.....

sexta-feira, abril 20, 2007

Espelho

Sabe quando alguma coisa te lembra uma outra coisa ou pessoa? Na verdade essa coisa pode ser tudo. Pode ser uma foto de um lugar que te lembra alguém; Alguém que te lembra alguém; Ficar sem ninguém pode te lembrar alguém. Um lugar pode te lembrar alguma coisa; Alguma coisa pode te lembrar um lugar. Um livro pode te lembrar uma pessoa; Uma pessoa pode te lembrar do passado. Como se fosse um espelho que refletisse não a própria imagem, mas uma imagem equivalente.

É estranho, mas geralmente nem precisa ter um motivo especial. A lembrança vem por vir e isso já basta. Quando tem algum outro fator para somar a esse sentimento, fica ainda melhor. Mas se não tiver, vale da mesma maneira.

Comigo ta acontecendo uma coisa parecida: Eu escutei uma musica por acaso numa rádio, no carro de um amigo. A música não saiu da minha cabeça. Depois, por algum motivo, a música começou a me fazer pensar numa pessoa. Não sei por que. Não tem nenhum motivo especial, nada a ver com agente, nem com a minha história e com a da pessoa. O que eu sei é que me faz pensar nela, e eu gosto disso. Escuto a música umas 10 vezes por dia... Quero ver quando isso vai passar e como vai passar... e se passar, quando vai aparecer de novo.

Segregação Conjugal ou Amor Eterno?

Quando é que o relacionamento fica realmente sério e se torna namoro de verdade?
Durante muito tempo, fiquei me perguntando isso, e debatendo o assunto com as minhas amigas. E não faltam teorias e especulações para tentar decifrar esse mistério do universo masculino.

Sim, porque as mulheres, querendo ou não, já começam a idealizar o relacionamento logo no primeiro mês, especialmente se o cara for bacana, bem resolvido, interessante e divertido. Opa... existe isso, não é miragem?

Piadas à parte, esses dias eu me peguei, mais uma vez, pensando nessas coisas. Tudo porque eu moro sozinha a quase 3 anos e meu namorido ainda não resolveu vir morar comigo, embora tenha duas gavetas de roupa aqui, escova de dente, shampoo e outras coisinhas mais. Porque não muda logo pra cá?

Minha mãe acha que isso é um abuso, a mãe dele também, mas eu vou levando, principalmente porque nem sempre o quero ocupando meu espaço.

Ele é um cara que não pode ir sozinho ao supermercado, porque costuma surtar e comprar coisas demais. Mas dia desses, ele saiu às 3 da manhã pra comprar pasta de dente e voltou com, entre outras coisas, DUAS pastas: uma pra mim e outra pra ele.
Claro que a mais bacana era a dele...

Eu achei que fosse uma piada, mas quando ele me viu usando a pasta dele, virou bicho e disse que eu tinha a minha e que então, usasse ela. Affffff!!!

Pensei: será que isso é um sinal de que ele está mudando pra cá ou trata-se de segregação conjugal? Fui perguntar pra ele mas não obtive resposta, apenas umas risadinhas sem graça.

Dia desses, ele me falou que gostaria de vir morar comigo, mas colocou algumas condições (justas). Assim que eu as cumprir, ele se muda. Mas deixou claro que nós não vamos dividir as pastas de dente.

Então tá.

quinta-feira, abril 19, 2007

Muita gente tem medo de ir morar sozinho: acha que vai ficar deprimido, se sentir solitário, sei lá eu o que mais.
Eu nunca pensei nisso, pelo contrário, morar sozinha sempre foi uma questão de opção. Eu adoro quando namorido vem passar uns tempos comigo, mas depois sinto falta da minha rotina de mulher solteira. Quero ver como será quando a gente casar...
Estou assistindo as duas primeiras temporadas de "Sex and The City", e acabo traçando paralelos entre a vida delas e a minha e de algumas das minhas amigas solteiras.
É engraçado como os problemas retratados na série são incrivelmente parecidos com os que vivemos aqui nos trópicos.

Eu, por exemplo, tenho um relacionamento muito legal, apesar de ele ser um pouco "Mr Big" de vez em quando. Na média, a gente vive bem. E além do mais, tem o fator complicação, que conta muito. Namorido é um cara com uma cabeça mto aberta e muito bem resolvido, o que torna absolutamente tudo bem mais simples. E eu simplesmente não consigo imaginar minha vida com um cara maluco, egocêntrico ou infantil, como muitos que andam por ai.

É claro que temos (muitos) problemas, mas ultimamente, temos nos saído melhor do que a encomenda. Namorido tem se mostrado uma pessoa incrívelmente bem humorada, descolada e atenciosa. Nem vou falar muito pra não atrair a concorrência, mas que a cada dia eu me apaixono mais e mais por ele, disso não há dúvidas.

Volto depois pra falar mais sobre os tipos de homens que tenho visto por ai, e espero que a Ruby me ajude nessa.

segunda-feira, abril 16, 2007

Um presente



Algumas pessoas tornam-se presentes da vida, com o passar dos anos, e o Marcelo faz parte da minha listinha. Um cara amigo, generoso, sempre pronto pra dar o melhor conselho, aquela palavra amiga sempre bem vinda, um telefonema animador.
Ele estava comigo quando eu terminei o namoro com o japonês maluco, quando eu comecei a namorar o M*, quando eu descobri que estava grávida e também quando não estava mais...
Me estendeu a mão várias vezes, quando tudo o que eu mais queria era um amigo pra me escutar às onze da noite.
Da minha parte, acompanhei a gravidez da segunda filha dele, dei meus pitacos e trocamos experiências de vida.
Por tudo isso, quero desejar a você, meu querido amigo, toda a felicidade do mundo no seu dia. Que Deus tê dê em dobro todo o carinho que vc tem comigo.
Sabe quando você encontra um amigo que não conversa há anos, e papeando durante horas acaba descobrindo que todos os amigos em comum da época do colégio ou estão casados, com vidinha normal e felizinha, ou estão bem-sucedidos, ou as duas coisas juntas?

Então.

Tô me sentindo uma velha hoje.

segunda-feira, abril 09, 2007

Saudosa Maloca

Valentina: eu to mto saudosa
Lufe: Saudosa é morta, vc sabia? Rs
Valentina: nao, pq? credo, eu to bem viva!
Valentina: e vou até cantar no Xuxu
Lufe:Tipo " a saudosa Janete Clair "
Lufe: Vc não sabia?
Valentina: nao.
Lufe: Por isso a música chama "Saudosa Maloca", porque a maloca foi demolida!

Então tá, né? Saudosa, segundo meu amigo, é gente morta, e eu tô bem viva. Ainda.

sábado, abril 07, 2007

O dia do pensamento mágico

Costumo ir ao supermercado de madrugada. Mais vazio, mais sossegado, geralmente com menos filas. Tem um desses 24 horas bem perto de casa, o que torna tudo mais cômodo e fácil, especialmente num desses dias em que não se tem nem o básico do básico em casa: papel higiênico.
Excluindo-se o detalhe de que namorido comprou 8 (!!) rolos, porque estavam na promoção, fazer compras foi uma experiência particularmente interessante. Passei pela sessão de livros e um título me chamou a atenção: "O ano do pensamento mágico". Fala de um momento na vida da escritora em que ela teve de lidar com a perda do marido e a doença da única filha. Como se lida com situações como essa, e como sair disso?
Então, comecei a pensar na minha própria vida, em como lidar com tudo o que anda acontecendo à minha volta, e como sair disso. Acredito que, todos os dias, o Universo nos abre uma frestinha em algum momento das nossas vidas e nos permite mudar tudo. Ou quase tudo. Ou só o que interessa no momento.
Eu não sei porque, mas eu acho que passei por essa frestinha. Tive uma iluminação.
Ou não. O que importa é que, agora, talvez eu consiga dar o segundo passo.