sábado, dezembro 19, 2009

apesar dsa tantas diferenças, do seu modo estranho de ver as coisas e do seu raciocínio prolixo, eu sinto sua falta, e penso em você como uma pessoa que vive comigo no meu universo paralelo, onde só existem nós dois e mais ninguém. onde não precisamos fingir nada nem querer mais nada além da companhia um do outro; e sim, é um universo paralelo porque nunca saímos da nossa pequena redoma: nunca fomos ao cinema, nem a uma exposição no Masp, nunca zanzamos juntos pela 25 de Março e nunca desfrutamos da companhia um do outro com o tempo a nosso favor. O que temos são algumas horas suspensas entre linhas do tempo onde nossas vidas correm paralelas. E se Einstein nos conhecesse, diria que descobrimos como fazer o tempo parar, literalmente.
Dominamos a arte de usar os ponteiros a nosso favor, mas não descobrimos ainda como lidar com a dor da falta e a saudade dos corpos.
Talvez seja essa a magia da nossa história, a falta faz-se presença constante pelo vazio que ela deixa dentro de nós, e é possível que esteja aí a beleza do nosso amor.
Mas eu quero mais.

Um comentário:

M. Ulisses Adirt disse...

Lindo...

Recado para alguém ou ficção?