sexta-feira, maio 25, 2012

Uma Velha Nova Canção


Correr nunca foi minha arte/ofício/atividade. Há muito, em 2007/08, corri a São Silvestre. Mesmo não gostando muito da ideia, fiz e gostei. Gosto mesmo é de caminhar/pedalar. Caminhar e correr são duas atividades/arte/ofício completamente diferentes, músculos diferentes, objetivos diferentes. Como água e vinho, diferentes. Como em doses diferentes, água e vinho, fazem bem à saúde; correr e caminhar te proporciona visões diferentes do mesmo quadro. Correr te faz e traz um cansaço estranhamente prazeroso. Distâncias a serem quebradas, pernas a serem superadas. Suor a escorrer. Caminhar é/serve para aquecer o sangue, o coração e a mente: refletir reflexões há muito não refletidas no retrovisor. Espelho retrovisor. Com um fone qualquer e boa música as atividades/arte/ofício são sempre um pretexto pro que vem depois, ao descansar, um copo de água te olha com olhos sedutores, aquele toque/frase/palavra musical que há muito já conhecia e sabia fazem mais sentidos agora, abriu caminhos, tornou-se outras visões, fazem outros sentidos. Como um filme visto várias vezes, sempre parece ser a primeira vez devido a detalhes não vistos antes. Hoje corri. Resolvi rever a arte/atividade/ofício. Corri durante quarenta minutos. Suei. Cansei. E notei algo inédito naquela velha canção. Uma nova nota . Uma palavra nova. Um velho pretexto. Outra visão. Outro copo d'água diferente de tantos outros: com olhos de cristais sedutores.

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