sexta-feira, junho 06, 2008

Por que vale a pena viver?

Quem me conhece, pelo menos um pouquinho, sabe que sou fanático pelo Woody Allen. O cara é um gênio, sabe muito. Os filmes são incríveis, com muitas falas, uma dinâmica esquisita e um final bem particular, nada de surpreendente (talvez isso seja o surpreendente, hehe). As neuroses das personagens combinam bastante comigo. Claro, são tipos de neurose completamente diferentes mas no fundo todos os neuróticos são parecidos. A grande diferença entre as personagens clássicas e eu é que eu não moro em New York e não pego as mulheres gatas que eles conseguem. O interessante é que no meio daquela bagunça eles mostram uma preocupação clara (escondida na dinâmica dos filmes) em buscar algum sentido para essa realidade estranha. E mais interessante ainda é que eles sempre chegam à mesma conclusão.

Num dos clássicos, Manhattan, Isaac, personagem principal, faz a pergunta implícita em todos os outros filmes: por que vale a pena viver? E na mesmo hora já encontra respostas: Groucho Marx; O segundo movimento da sinfonia nº40 do Mozart; Os siris do Sam W'os; Filmes suecos e “o rosto da Tracy”, sua ex-namorada. Em outro clássico, Crimes e Pecados, uma das personagens, um filósofo suicida, diz que “tudo acontece de maneira tão imprevisível, tão injusta, que a felicidade parece não estar incluída no projeto da Criação” e “são os seres humanos, com a capacidade de amar que atribuem sentido a um Universo Indiferente e ainda encontram motivos para viver e sentir prazer em coisas simples como sua família e seu trabalho”.

Na verdade é isso mesmo. O mundo é muito esquisito, a vida bem estranha e os dias repetitivos. Mas na realidade todo mundo encontra algo pelo que vale a pena viver. E esse “algo” é geralmente as coisa mais simples: família, filhos, trabalho ou simplesmente o desejo de viver. Eu não sei bem quais são os meus motivos, talvez os filmes do W. A, Camus e salada de frutas. Vocês sabem os seus?



VIVA WOODY ALLEN!!!

4 comentários:

Franz Kafka disse...

Certamente açaí. Vale a pena viver exatamente porque já estou vivo, vamos até o fim agora nada de meias palavras: Todos os sons ou o silêncio total!

"Eu amo a vida, eis a minha verdadeira fraqueza. Amo-a tanto, que não tenho nenhuma imaginação para o que não for vida." - Abert Camus

Ruby Tuesday disse...

Acho que o roquenrol é uma das coisas que faz minha vida valer alguma coisa.
Ver minha filha cantarolando Beatles.
Conversar com vc no msn sobre a dor de ouvir Radiohead.
Pegar um ingresso lindo de um show que quero muito ver na mão e ficar olhando.
Estar de ressaca, meio deprê, um dia antes do aniversário, achando que nada vale a pena, e encontrar no meio dos álbuns baixados em MP3 uma coletânea do Teenage Fanclub fazendo covers que tá me dando vontade de chorar, de tão bom que é.
E ficar feliz por causa de cada uma dessas coisas.

Lisa disse...

hoje foi um dia que passei me perguntando isso..
se bem que já passa da meia noite
é aniversário da ruby.
ela é um dos poucos (e bons) motivos que eu tenho.

Barbara Manoela disse...

São muitas as coisas que me fazem acreditar que a vida vale a pena: meu Ogro de estimação, meus sobrinhos, los gatitos Francisco e Clara, amigos lindos como vcs, ouvir as musicas que a Ruby desencava e me mostra, comer no Abu, ter minha casinha, estar trabalhando e batalhando pela minha independência. Enfim, muitas e muitas coisas. A Roda da Fortuna.
beijos.
Val