A minha amora

Um dia a gente se conheceu e nunca mais se largou. E ela fez parte de tantos dias, de tantos momentos bonitos e de tantas horas tristes. E ela me atendeu aos prantos, chorando uma vida que parecia não ter mais jeito. E ela me falava com firmeza e calma que ia tudo dar certo. E ela me ligou de manhãzinha dando muita risada porque estava na casa de uma pessoa estranha. E ela chorou pra mim tudo o que parecia não cicatrizar. E ela me deu muitas broncas, e ouviu tantas outras. E marcamos muitos cafés e almoços de emergência, porque emergência pra gente era estar juntas e poder papear, rir e deixar o mundo mais leve. E um dia a gente quebrou um pau, tentamos brigar, dissemos coisas feias pra ver se dava certo, mas não deu. Não demorou muito estávamos rindo de como somos ridículas, porque nem brigar uma com a outra a gente consegue. E um dia ela marcou um almoço comigo na Liberdade e falou que não ia mais, e eu falei um monte e quando vi haviam 17 ligações perdidas dela se desculpando. E eu torço por ela como eu torço por mim mesma, porque a nossa vida segue juntas, apesar de estar cada uma em um lugar, cada uma fazendo uma coisa diferente. O que a gente tem de diferente, a gente tem de igual. Somos feitas das mesmas estrelas, e já pisamos muito o mesmo chão. E eu penso nela todos os dias, com todo o amor do mundo. Ela é a irmã que eu pude escolher, por mais clichê que isso soe. Ela é a minha Bárbara. A minha amora.

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Feliz aniversário, sista! A gente sabe que esse ano novo vai detonar todos os tipos de conceitos ultrapassados, vai dar um schlep na cara de quem mora na caixinha, um sacode na cabeça de quem não enxerga mais que o próprio umbigo, e tamos aqui, de peito aberto, gritando: VEM, CARALHO!

Te amo! Bota esse bloco na rua e vamos pra cima!