sábado, fevereiro 10, 2007

you really got me

Tá, eu sei que me apaixono e me desapaixono pelo menos uma vez por semana por alguém, por alguma coisa, por uma atitude, um gesto, uma palavra.
Mas é assim que eu sou, é a minha natureza que tanta gente gente não entende, que eu mesma não entendo, mas que, quer saber? Talvez eu não queira mais tentar entender, nem tente.
Talvez só deixe fluir. Porque é assim que eu sou. Ponto.
Ontem eu me apaixonei por ele novamente. E enquanto escrevo, sinto a pele arrepiada e os olhos úmidos.
A conversa oscilava entre putarias e meiguices, e surpreendentemente, ambos me emocionavam. Me tocava a forma como ele escrevia, como se expressava, como me desejava, como ele se entregava inteiro pra mim em palavras, às vezes com uma força de homem, às vezes com uma doçura de piá.
A forma como fomos sinceros em nossos desejos, sem promessas de amor eterno, sem a obrigação de ficarmos juntos se não tivermos vontade. Sem obrigação nenhuma. Só o que as vontades pedirem.
O jeito que ele toca guitarra, como ele canta, como ele me chama de baby e me pede pra viajar 600 quilômetros pra ser dele.
E quando ele me diz que eu sou uma puta mulher bem resolvida, que tem atitude rock and roll e faz o que tem vontade, eu fico completamente orgulhosa de mim. Enfim, alguém entende meus ímpetos, meu jeito. "Atitude rock and roll". Há tempos eu esperava que alguém me dissesse isso.
Como toda mulher e suas pieguices e manias maternais, às vezes me dá vontade de cuidar um pouco dele, daquele menino crescido, de costeletas, enlouquecido entre palcos e viagens, entre drogas e groupies. Dá vontades diversas, tanto de participar das pirações e noites de rock, caindo na rua e morrendo de rir quanto de dormir de colherinha naquele frio que faz onde ele mora, fazendo carinho nos cabelos e na ponta no nariz.
É amor. Um tipo de amor livre, que não se importa de saber que ele está com algumas menininhas no backstage, ou farreando com os caras, enchendo a cara de todo tipo de substâncias ilícitas, porque isso é o que ele é, assim como ele sacou bem o meu jeito de agir, de sentir e de ser.
Quando eu sou dele, sou por inteiro. Quando eu sou só minha, também. Quando ele é meu, fica de boquinha entreaberta, se entrega todo. Quando ele é dele ou do mundo, é livre e faz o que quer.
Quando eu falo besteira e ele racha de rir, somos dois amigos apenas. Quando ele se adoça, eu derreto. E quando canta e pede, daquele jeito sexy, "judie do neném", eu arrepio de tesão.

Hoje, pra mim, esse amor é o mais bonito do mundo. Porque é o que é.
No fundo, estamos todos cansados das máscaras e dos disfarces dos sentimentos. Mas só alguns se permitem sentir livremente, sem julgamentos do que é certo e do que não é.

Afinal, quem é que sabe o que é certo nesse mundo, mesmo?

Um comentário:

Barbara Manoela disse...

Ruby, arrasou!!! Inclusive me inspirei tb. Saudades nossas...
beijos