sexta-feira, dezembro 24, 2010

Sem planos pro próximo ano

Em todos os anos, eu faço planos e pedidos. Preparo minhas oferendas pra Iemanjá quando estou na praia; pulo sete ondas, cumpro todo o protocolo, como manda o figurino.
O que deu errado em 2010?

Fiz planos, escrevi em cadernos tudo o que eu queria fazer e realizar. Algumas coisas deram certo, a maioria ficou no "quase" e algumas coisas não aconteceram. Segundo minha wishlist, eram as mais importantes, entre elas, engravidar.

Em 2010, vivi uma história de amor linda, e fui muito feliz enquanto durou. E precisei reaprender a amar e respeitar o homem que está ao meu lado. Precisei me reinventar, e (porque não?) reinventar o amor, pra poder seguir em frente com a escolha que fiz, sem me sentir mal por isso.

Em 2010, aprendi que as escolhas não são definitivas, e que pra chegar aonde queremos, é preciso muito mais do que esforço: precisa de fé, amor, esperança e persistência.

Por isso, não farei planos pra 2011: deixarei que a vida me leve, desgovernadamente, de modo que eu seja capaz de me perder de mim mesma e de chorar todas as lágrimas que não fui capaz de chorar no ano que passou, e de amar o mesmo homem todos os dias, sem me perder desse sentimento e de tudo o que nos une. E que no fim do ano, a pessoa que eu fui e a pessoa q me tornei possam dar as mãos pra se tornar a pessoa que serei em 2012.

Que em 2011, nós sejamos capazes de deixar que a vida nos leve, e que a gente siga juntos, nos apoiando como sempre fizemos desde sempre.

Epa, Ruby e Patrice, obrigada por vcs existirem. Amo vocês.

Feliz 2011!

terça-feira, dezembro 14, 2010

Contículo de Natal 2




Os convidados chegavam animados para a festa de Madame Tiririca Sem Peruca, que admirava-se cada vez mais com o número de pessoas que enchia o salão. Ao som da música alguns dançavam e outros se deliciavam com as bebidas e os salgadinhos. A animação era total e todos comentavam que a festa era um sucesso.
Madame, porém, tinha a nítida impressão que o número de pessoas na festa superava a quantidade de convites enviados. Mesmo assim a festa tornava se cada vez mais animada, todas as pessoas sentiam-se satisfeitas com o coquetel e aguardavam o jantar que estava para ser servido.
Tudo corria bem, quando a Madame, já com a "pulga atrás da orelha", subiu ao palco e pegou o microfone. Os músicos pararam de tocar e a dona da festa tomou a palavra:
"Queridos convidados. Vamos organizar um pouco a nossa festa. Por favor, os convidados da noiva se locomovam para o lado direito do salão!"
Depois de um burburinho, um enorme grupo de pessoas se colocou no lugar desejado pela anfitriã.
"Agora", disse sorridente, "os convidados do noivo devem se posicionar do lado esquerdo do salão!" Novamente se ouviu um burburinho e um grande grupo se locomoveu para o lado esquerdo.
No meio do salão, restaram poucas pessoas: os anões amigos do Cosmo e velhos amigos da Madame, todos eles expressando admiração pela situação formada.
Madame Tiririca sem Peruca então continuou:
"Bom, eu gostaria de pedir cordialmente aos convidados do noivo e da noiva que se retirassem, pois aqui é uma festa de fim de ano!"